"Impressões", "Verbete-atrito" e "Presente diluido" compuseram a programação do palco-instalação Arena 3, na entrada do VERSA 360 no Pavilhão da Bienal de São Paulo.
                Colidindo presença e visuais à novas relações, colocando corpos, imagem e espaço em jogo na produção de sentido coletivo, numa era de informação visual. Os programas provocam sentidos, construidos e projetados, na presença dos dois volumes-telas aproximados, em contexto com a arquitetura, o agora e os fluxos-assuntos do evento.

                Corpo-tela.
                Palavra-imagem.
                Projeto-processo.

Contrastes, contradições, composições intencionadas ao acaso.

O mobiliário-arena¹ expande o diálogo de formas e materiais do evento, sugere configurações de uso e interação em uma arena, formada por um quadrante permeável de praticáveis metálicos forrados com planos de feltro reutilizado, e um núcleo de quatro Poltronas Pão de açucar² de Rodrigo Ohtake. O espaço ganha contorno com as 2 Telas led de 2x2m, que projetam um sinal visual.
                O sistema visual generativo é disposto e arranjado em seção e diálogo com o edifício icônico projetado por Oscar Niemeyer. A arena cria uma órbita semântica para o público presente e passante, sugeridas pelo pelo fórum presente, enquanto os assuntos ou temas eram sugeridas pelas imagens, palavras e instantes-atmosferas visuais.
                Um campo imagético-magnético de sinal visual com uma programação espontânea retroalimentado imagens do evento, ao vivo a si mesmo.
                A solução integra o sistema de transmissão do evento, onde toda a audiência participante era convidada a escutar aos palestrantes com fones-sem-fio com cancelamento de ruido, permitindo a clareza do sinal das conversas, e simultaneidade da programação ao longo do Pavilhão.

Making material material:
Understanding understanding,
Translating form and content
into format,
Words,
Images,
Myriad combinations and effects
Concretization of thought,
Codex as
Comradely armature
Conciousness alterer

Talk

Design e Cultura:
Movimentos Catalisadores

Participantes

Lara Azevedo, Fernando Marar (Nubank)
Olívia Ferreira e Pedro Garavaglia (Estúdio Radiográfico) e Aleksandra Lidenberg (Estúdio Margem), com mediação de Guilherme Collado Garofalo (Tég).

Sobre

Uma conversa entre profissionais que energizam o impacto e alcance de projetos ao fazerem alianças entre organizações, marcas, artistas, agentes culturais e instituições. Vamos refletir sobre a responsabilidade do design na movimentação do imaginário cultural, construção de capital simbólico, financiamento de projetos e como percorremos nossas trajetórias individuais e coletivas.

Aleksandra Lindenberg é sócia do Estudio Margem, ao lado de João Pedro Nogueira. Margem é um estúdio de design gráfico que colabora com instituições, curadores, artistas, iniciativas independentes ou privadas e agentes culturais para desenvolver projetos que dialoguem com a comunidade—seja em um bairro, um museu ou uma festa. Cada trabalho é resultado de uma colaboração cuidadosa com o cliente, a procura de fazer do design gráfico uma lente para observar novas perspectivas da realidade.
                Hoje, a equipe é formada também por Letícia Souza e Joyce Kiesel, atuando entre São Paulo, Barcelona e Estônia, e mantendo uma rede ativa de colaboradores no Brasil, nas Américas e na Europa.
                 O estúdio combina pesquisa e senso crítico na concepção de cada projeto, domínio técnico na produção e interesse pela materialidade do objeto final. Cada projeto é uma oportunidade de explorar novas formas de apresentar imagens e textos, equilibrando precisão e experimentação.

^{Experimentação, Diálogo, Comunidades, Materialidade, Cultura.}

Fernando Marar é designer e diretor criativo, Head de Brand Design no Nubank. Reconhecido por traduzir ideias em sistemas visuais marcantes, colaborou com diversos artistas, incluindo Hermeto Pascoal e Yago Oproprio. Atuou em agências como W+K, F/Nazca e Africa, liderando projetos para Nike, Budweiser, Pinacoteca, Fila, Puma, entre outras marcas. Premiado nos principais festivais de criatividade ao redor do mundo, foi reconhecido como um dos 35 designers expoentes até 35 anos pelo Type Directors Club em 2023. Marar desenvolve uma abordagem estratégica, sistêmica, holística e criativa do design.

Fundado em 2005 por Olívia Ferreira e Pedro Garavaglia, o Estúdio Radiográfico é um dos grandes nomes do design autoral no Brasil. Com uma linguagem própria que entrelaça arte, design e colaboração, o estúdio cria imagens que não apenas comunicam — mas emocionam, provocam e transformam. De marcos como a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 à turnê Tempo Rei, de Gilberto Gil, passando por colaborações duradouras com a diretora Daniela Thomas e o programa educacional LIV, o Radiográfico constrói narrativas visuais com identidade e profundidade.
                Com mais de mil projetos realizados, o estúdio alia impacto cultural, consistência conceitual e inovação visual. A equipe é multidisciplinar e colaborativa, com destaque para Fernanda Guizan, designer que integra o Radiográfico há oito anos e hoje lidera a área de design como head do estúdio. Seu modelo criativo é sustentado por um tripé sólido — design, arte e colaboração — que permite navegar com fluidez entre o audiovisual, o gráfico, a cenografia e as experiências imersivas.
                Em 2025, o Radiográfico celebra 20 anos reafirmando seu espírito experimental e autoral, enquanto amplia fronteiras e compartilha sua linguagem com novos públicos

Talk

Essências e Explosões
21—06—2025
18h — 19h (60 minutos)

Participantes

Fabiano Procópio (Namibia Chroma), Lucas D’ascenção (DASC) e Gustavo Vieira (Puritana) ↔ Mediação de Guilherme Garofalo (Tég).

Sobre

Essências e explosões colide agentes que transcendem uma noção de brasilidade-global com sensibilidades, suportes e poéticas visuais que radicalmente projetam e refletem os nossos tempos. Vamos navegar por visões que assimilam esses recursos em estéticas-agentes, peças ativas da transformação da atitude brasileira no design e no discurso cultural contemporâneo. Brasil—mundo, design, mercado, identidade-imagem, política, jeitos e jeitinhos.