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"Projeto, design, cidade – ¡estamos em Obras!.pdf"


Por Laís Matias Silva
Designer e arquiteta pela FAU USP/Politecnico di Milano






Havaianas
Icons

Arpoador
Rio de Janeiro
2024

Photography by
Guilherme Garofalo



About


Reconhecendo esse nosso mundo, fomos ao Arpoador no Rio de Janeiro buscando cenas cotidianas da praia, em que sobressaissem a natureza, nossa tropicalidade e nosso desejo. Esta lente vibrante enquadra um Brasil Hiperbólico – que celebra sua exuberancia, gingado e jeito feliz de ser.

Bringing our brazilian attitude of living an easygoing life. Welcoming & Intincing - it always brings a smile to face. Full of movement & flow - it captures people “in the spirit of the moment”.  Always Rich in Colour. Fluid, organic and uncomplicated.




































































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Client
Havaianas,
Global Creative Studio

Global Brand & Comms Director
Rafael Nadale Souza

Global Brand Manager
Julia Cecchini

Brand Relations Manager
Matheus Periañez

Art Director
Erick Correa

Agency
Tég, Creative Intelligence Bureau 

Executive Direction
Stephanie Bordignon Noelle 

Creative Direction, Still Photography
Guilherme Collado Garofalo

Content Strategy
Nathalia Levy

Design
Sariana Fernandez
Laís Matias

Production Company
Produção Executiva & Casting
SD(c&p)

Models
Icaro Bomfim
Luisa Pongeluppi
Gabriel Loureiro
Melissa Constante

Executive Production
Diego Domingos

Fotografia e Direção de Imagem
Pedro Napolinário

Assistência de câmera
Nathallia Atayde Henrique
Marcio Marcolino

Maquinário
Cleyton Machado

Produtor de set
Thiago Isaac 

Estilo
Rafaela Pinah

Beleza
Laura Peres



Conheça mais projetos:






Orquestra Vermelha
no Sesc Av Paulista


Por Guilherme Collado Garofalo
Fundador/Diretor criativo

Barcelona se consolidou, ao longo da história recente, como um importante eixo de difusão cultural – especialmente devido aos projetos urbanos e arquitetônicos que a estruturam.



Março, 2023
Barcelona–São Paulo

Fotografia por
Guilherme Garofalo

A cidade integra a Comunidade Autônoma da Catalunha, situando-se no nordeste da Espanha, sendo seu principal porto mediterrâneo e centro comercial. Seu desenvolvimento histórico-político-social articulado à natureza litorânea da cidade fizeram com que se estabelecesse como um ambiente de intensa circulação e troca cultural, onde múltiplos povos e seus devidos repertórios culturais se projetam no espaço e nas relações.


As manifestações projetuais mais emblemáticas são evidentes de maneira imediata - há um projeto mediador da experiência de quem transita nas ruas no qual se prioriza a relação de escala entre pedestre e cidade, aproximando e articulando esses dois agentes. Arquiteturas de diferentes períodos se distribuem em convivência pelas ruas, ilustrando o acúmulo e passagem de tempo no espaço. Entretanto, permeando o passeio público percebe-se um segundo elemento que interfere diretamente na experiência de circulação pela cidade – manifestações gráficas também edificam a paisagem em sua minúcia: letreiros, placas, materiais impressos, pixos – há uma verdadeira densidade gráfica ocupando a paisagem urbana, sobrepondo diferentes suportes, meios, estilos, períodos e propósitos de linguagem.





As condições materiais que proporcionaram tal cenário se relacionam especialmente com o contexto histórico do período de Redemocratização Espanhola, quando a queda da censura fascista possibilitou que o espaço público se ocupasse mais livremente com manifestações visuais de diversas naturezas: logotipos, cartazes, letreiros - permitindo também a circulação de novos tipos de publicações, fomentando uma verdadeira cultura gráfica local que, viabilizada pelas forças econômicas e públicas, se fortaleceu.


Barcelona convida um olhar mais atento e valoroso à materialidade da vida real e sua riqueza de manifestações, ao combinar a plasticidade da expressão gráfica - que se dilui especialmente nas diversas "vozes tipográficas" distribuídas pelas suas ruas - ao ruído, embate e fluxo de movimento do cotidiano da vida humana - na contra-mão da aura de "impecabilidade" muitas vezes carregada pelas referências consumidas no universo do design em suas plataformas hegemônicas de divulgação de projetos. Além disso, ensina magistralmente, a cada esquina, a consideração e preservação do passado como práticas de projetar o futuro, sem que exista uma relação hierarquica entre eles: pensar e caminhar inventivamente sobre o que o tempo e o conhecimento já construíram.



Muito distante do referencial da homogeneidade estética calcada pelo modernismo, por exemplo, a organização da informação gráfica se dá no espaço através de um senso de coesão que contempla a multiplicidade e valoriza a expressividade tipográfica, gerando felizes surpresas - como um letreiro de farmácia composto em letras-caixa cuidadosamente desenhadas com ares art noveau e fixadas em neon e acrílico verde na fachada do estabelecimento.


Soma-se ao cenário desta produção privada o projeto público de comunicação e sinalização gráfica de toda a cidade. A maioria esmagadora do material de comunicação que ocupa o passeio público é voltado para a divulgação de eventos culturais locais, contando também com o recente adendo do estúdio local Folch, em 2021, concebendo todo o sistema de comunicação voltado para para o plano de limpeza e manutenção de Barcelona com a campanha "Cuidem Barcelona" - https://www2.folchstudio.com/cuidem-barcelona/ - estruturando um sistema visual que se materializa no desenho de lixeiras, caminhões de lixo, uniformes, placas, folhetos e uma infinidade de outros materiais que circulam pela cidade.


Barcelona possibilita a compreensão do design como disciplina mediadora do cotidiano e de sua ordenação, na essência dos termos modernos – porém – abarcando diferentes linguagens repertórios e meios em sua concepção. A dinâmica que se observa é de uma rica sinergia entre o lastro da tradição e atitudes mais contemporâneas que, articuladas, fazem da cidade um ambiente estimulante graficamente, que permeia a rotina de todos, construindo um repertório visual através da experiência, aplicando-o na mesma cidade que o inspira.



"Projeto, design, cidade
– ¡estamos em Obras!.pdf"


Por Laís Matias Silva
Designer e arquiteta pela FAU USP/Politecnico di Milano

Barcelona se consolidou, ao longo da história recente, como um importante eixo de difusão cultural – especialmente devido aos projetos urbanos e arquitetônicos que a estruturam.



Março, 2023
Barcelona–São Paulo

Fotografia por
Guilherme Garofalo

A cidade integra a Comunidade Autônoma da Catalunha, situando-se no nordeste da Espanha, sendo seu principal porto mediterrâneo e centro comercial. Seu desenvolvimento histórico-político-social articulado à natureza litorânea da cidade fizeram com que se estabelecesse como um ambiente de intensa circulação e troca cultural, onde múltiplos povos e seus devidos repertórios culturais se projetam no espaço e nas relações.


As manifestações projetuais mais emblemáticas são evidentes de maneira imediata - há um projeto mediador da experiência de quem transita nas ruas no qual se prioriza a relação de escala entre pedestre e cidade, aproximando e articulando esses dois agentes. Arquiteturas de diferentes períodos se distribuem em convivência pelas ruas, ilustrando o acúmulo e passagem de tempo no espaço. Entretanto, permeando o passeio público percebe-se um segundo elemento que interfere diretamente na experiência de circulação pela cidade – manifestações gráficas também edificam a paisagem em sua minúcia: letreiros, placas, materiais impressos, pixos – há uma verdadeira densidade gráfica ocupando a paisagem urbana, sobrepondo diferentes suportes, meios, estilos, períodos e propósitos de linguagem.





As condições materiais que proporcionaram tal cenário se relacionam especialmente com o contexto histórico do período de Redemocratização Espanhola, quando a queda da censura fascista possibilitou que o espaço público se ocupasse mais livremente com manifestações visuais de diversas naturezas: logotipos, cartazes, letreiros - permitindo também a circulação de novos tipos de publicações, fomentando uma verdadeira cultura gráfica local que, viabilizada pelas forças econômicas e públicas, se fortaleceu.


Barcelona convida um olhar mais atento e valoroso à materialidade da vida real e sua riqueza de manifestações, ao combinar a plasticidade da expressão gráfica - que se dilui especialmente nas diversas "vozes tipográficas" distribuídas pelas suas ruas - ao ruído, embate e fluxo de movimento do cotidiano da vida humana - na contra-mão da aura de "impecabilidade" muitas vezes carregada pelas referências consumidas no universo do design em suas plataformas hegemônicas de divulgação de projetos. Além disso, ensina magistralmente, a cada esquina, a consideração e preservação do passado como práticas de projetar o futuro, sem que exista uma relação hierarquica entre eles: pensar e caminhar inventivamente sobre o que o tempo e o conhecimento já construíram.



Muito distante do referencial da homogeneidade estética calcada pelo modernismo, por exemplo, a organização da informação gráfica se dá no espaço através de um senso de coesão que contempla a multiplicidade e valoriza a expressividade tipográfica, gerando felizes surpresas - como um letreiro de farmácia composto em letras-caixa cuidadosamente desenhadas com ares art noveau e fixadas em neon e acrílico verde na fachada do estabelecimento.


Soma-se ao cenário desta produção privada o projeto público de comunicação e sinalização gráfica de toda a cidade. A maioria esmagadora do material de comunicação que ocupa o passeio público é voltado para a divulgação de eventos culturais locais, contando também com o recente adendo do estúdio local Folch, em 2021, concebendo todo o sistema de comunicação voltado para para o plano de limpeza e manutenção de Barcelona com a campanha "Cuidem Barcelona" - https://www2.folchstudio.com/cuidem-barcelona/ - estruturando um sistema visual que se materializa no desenho de lixeiras, caminhões de lixo, uniformes, placas, folhetos e uma infinidade de outros materiais que circulam pela cidade.


Barcelona possibilita a compreensão do design como disciplina mediadora do cotidiano e de sua ordenação, na essência dos termos modernos – porém – abarcando diferentes linguagens repertórios e meios em sua concepção.



A dinâmica que se observa é de uma rica sinergia entre o lastro da tradição e atitudes mais contemporâneas que, articuladas, fazem da cidade um ambiente estimulante, que permeia a rotina de todos, construindo um repertório visual através da experiência, aplicando-o na mesma cidade que o inspira.